me atiro de peito aberto,
em vôo incerto, tiro de liberdade.
uma grade me prende as asas
e vaza os meus sonhos.
os mundos voam e o tempo chove.
me atiram um pedaço da minha vida,
e o sangue escorre numa panela
embebida em vinho azedo.
medo de nada que não eu mesmo.
minha vida que se atira no nada,
mentira lavada e vendida
por preço não mais que de comida.
as balas voam e o tempo chove.
me atiro contra o muro, seguro
de tudo que não existe.
mas o mundo escuro é tão claro quanto triste.
terça-feira, 25 de março de 2008
fogo cruzado
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Um comentário:
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